O Planejamento Patrimonial e Sucessório é um plano de ação preventivo que vem ganhando cada vez mais destaque e importância, principalmente após a Pandemia de Covid-19, que trouxe maior preocupação acerca dos efeitos da sucessão.

Esse planejamento passa por diversas áreas do direito a fim de se realizar um diagnóstico completo dos riscos inerentes às atividades de quem empreende, quem possui patrimônio. Assim, se faz necessária uma análise sob a ótica do que didaticamente é chamado de “risco dos 5F’s”, quais sejam: Fisco (risco tributário), Família (relações existentes), Funcionário (risco trabalhista), Falência (relação empresarial) e Falecimento (o que acontece com o patrimônio após o falecimento).

O planejamento tem por objetivo otimizar o processo de transmissão do patrimônio conforme a realidade de quem planeja e dos seus sucessores, de forma a evitar gastos econômicos e conflitos emocionais, além da demora que um inventário pode levar.

Ou seja, além de planejar a sucessão e possibilitar muitos dos objetivos do interessado, o planejamento patrimonial ainda é capaz de minimizar custos tributários e custos inerentes à sucessão, reduzindo riscos e percalços também na administração desse patrimônio.

São diversos os critérios essenciais ao plano que será realizado em cada passo do Planejamento Patrimonial, levando em consideração as vontades do interessado, seu patrimônio integral (ainda que fora do Brasil), suas relações familiares e profissionais, seus investimentos, negócios e, principalmente, suas limitações.

Inicialmente, é preciso compreender as reais necessidades e desejos do interessado, titular do patrimônio. Após, realiza-se uma Due Diligence (auditoria) de todo o acervo patrimonial, para, posteriormente, mapear os herdeiros e terceiros a serem, eventualmente, contemplados.

São diversos os fatores a serem observados para a construção de um planejamento sólido, devendo ser considerados todos os instrumentos cabíveis para que se realize um planejamento sucessório bem-sucedido, capaz de minimizar riscos e impactos negativos futuros.

É necessário analisar, detalhadamente, o caso concreto e a composição familiar para que se construa um planejamento sólido com instrumentos capazes de abarcar os interessas daquele que deseja dispor de seu patrimônio de forma estratégica.